A educação, como direito social, tem relação direta com a emancipação humana. Isso faz da escola um espaço de aprendizagens significativas que promovem o desenvolvimento das pessoas, especialmente quando se trata da escola pública. É nesse ambiente que a maioria das crianças, adolescentes e jovens da sociedade têm a oportunidade de se apropriar dos conhecimentos historicamente produzidos e acumulados.

Diante das transformações provocadas pelo neoliberalismo, decorrentes da reestruturação do sistema capitalista mundial e da globalização da economia, a educação brasileira vem sendo influenciada por organismos internacionais. Essas influências têm direcionado as políticas públicas sociais dos países em desenvolvimento dentro de uma racionalidade mercadológica empresarial.

Sendo assim, esta investigação busca compreender as interligações entre as políticas internacionais, as finalidades educativas escolares e os critérios de qualidade do ensino no contexto das reformas educativas no Brasil e no estado de Goiás, principalmente a partir da década de 1990. Além disso, objetiva-se entender como essas políticas intervêm nas diretrizes curriculares, na organização das escolas e no ensino do estado.

Todavia, nesse mesmo contexto, abrem-se também espaços para debates em torno das finalidades educativas que devem ser alcançadas pela escola pública. A ideia é romper com a lógica neoliberal, baseada na formação elementar e instrumental, focada unicamente em atender às demandas do mercado. Assim, busca-se encontrar caminhos possíveis na perspectiva progressista e emancipatória do desenvolvimento humano, conduzindo o processo educativo das camadas mais empobrecidas da sociedade.