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Neoliberalismo e educação – Coleção Educação, cultura e diversidade

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“É tão forte a naturalização dos valores neoliberais que parece estranho que alguém defenda algo contrário. Quem iria questionar a importância da concorrência no mercado de trabalho, de se estar “à altura” das exigências do mercado por exemplo? Que o valor social do indivíduo é sua competência? De que é preciso a todo momento estar atualizado com o “mais novo”? De que é preciso ter um aprendizado ao longo da vida que nos leva à eficiência, desempenho e competência? Não se espera de um aluno que ele saiba fazer gestão de recursos, trabalhar em equipe, adquirir e utilizar informações? Que ele tenha uma compreensão de recursos tecnológicos? Que saiba resolver problemas a partir de uma competência teórica, comportamental e práticas requeridas? Mas poderíamos também fazer perguntas contrárias que também nos pareceriam óbvias as respostas: são esses os valores que se esperam na formação de um cidadão? Seriam os mesmos valores que se presam em uma empresa? Seriam as empresas as responsáveis em pautar, dar legitimidade, aconselhar, definir como a educação deveria ser realizada? Só devemos nos esforçar em aprender o que poderá ser útil no mercado de trabalho, buscando somente um interesse pessoal para uma futura eficiência produtiva?” (trecho do livro). 
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Organizadores
    Autores
      Selo
      Detalhes
      Páginas: 372
      Tamanho: 23x16cm
      Ano de publicação: 2022
      Idioma: Português
      ISBN Físico: 978-65-5399-064-7
      ISBN Digital: 978-65-5399-065-4
      DOI: 10.55371/978-65-5399-065-4
      Descrição

      “Afirmar e expor exaustivamente a ideia, convencer o leitor da lógica argumentativa do discurso que expõe para, em seguida, formulando a crítica radical interna que implode a lógica do discurso, desconstruí-lo. (…) É assim que o autor vai perquirindo o percurso histórico de construção do pensamento e das práticas neoliberais, para escancarar os prejuízos individuais e coletivos decorrentes da colonização das formas de agir e pensar na contemporaneidade do capitalismo neoliberal. (…) Para desvendar a parte ideologicamente ocultada pelo discurso neoliberal, Manzi percorre um caminho que foi da economia política à sociologia, da história à antropologia, da literatura às artes plásticas, da psicologia à psicanálise, obviamente que relendo autores clássicos destas diferentes áreas do conhecimento, mas sem cair no anacronismo do pensamento enciclopédico. Constrói, um escopo teórico denso, uma rede conceitual tecida com nexos lógicos e epistemológicos atestados por dados empíricos que sustentam a tese que defende nesta sua obra: há uma gestão de nossas formas de vida a partir de valores neoliberais. A escola não está fora desta forma de gestão; há uma naturalização da racionalidade neoliberal que coloniza nossa forma de pensar a educação e que se dá na própria gramática do discurso educacional que reforça o que pretende criticar” (Elianda Tiballi). 

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