Os capítulos aqui reunidos contemplam diferentes objetos e problemas (práticas criminais e delitivas, modos de vigilância e punição, instituições jurídicas e policiais); um leque temporal amplo que abrange do XVIII às décadas finais do último século; uma variedade de documentos e metodologias (o discurso jurídico, a legislação penal, processos-crimes, literatura, imprensa, entre outros), além de escolhas teóricas e narrativas diversas, sobressaindo-se as contribuições de Foucault, da história social e da história cultural do crime. O livro está organizado em três partes: “Crime e gênero”, que é a maior, evidenciando, certamente, a recorrência desse tipo de crime nos registros. A segunda parte trata do “Policiamento e punições” e a terceira contempla “Sujeitos, armas e práticas de violência”. Os trabalhos que compõem esta coletânea testemunham um movimento de ampliação — de temas, abordagens e objetos, de novas metodologias e arquivos — e, sobretudo, de renovação teórica possibilitada pela aproximação entre a história social e a história cultural do crime. Demonstram o fôlego e a vitalidade desse recorte historiográfico no Paraná.