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Desocupação do Pinheirinho: a justiça tem lado

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O Pinheirinho, na Zona Sul de São José dos Campos, interior de São Paulo, era um assentamento de um milhão de metros quadrados que existia desde 2004. Viviam no terreno ocupado quase oito mil pessoas, que formaram uma organização que rapidamente se integrou ao cotidiano da cidade. Para cumprir uma liminar de reintegração de posse dada pelo poder judiciário — o imóvel estava abandonado quando ocorreu a ocupação — o poder público, sob o comando da presidência do Tribunal de Justiça, destruiu, em uma ação truculenta e ilegal, as construções que havia no lugar, provocando uma crise social e humanitária gigantesca. O massacre do Pinheirinho, consumado no dia 22 de janeiro de 2012, é o tema central deste livro, que reproduz uma pesquisa feita por Mário Montanha Teixeira Filho na área da ciência política. A obra analisa em profundidade as circunstâncias em que se deu essa tragédia, cuja melhor síntese talvez se encontre no seu título, que denuncia uma realidade antiga e cruel: a justiça tem lado.
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Organizadores
    Autores
      Selo
      Detalhes
      Páginas: 452
      Tamanho: 14x21cm
      Ano de publicação: 2023
      Idioma: Português
      ISBN Físico: 978-65-5399-249-8
      ISBN Digital: 978-65-5399-250-4
      DOI: 10.55371/978-65-5399-249-8
      Descrição

      No dia 22 de janeiro de 2012, um bairro localizado na Zona Sul de São José dos Campos, no interior paulista, deixou de existir, destruído pela violência policial. Mais de sete mil pessoas viviam ali, na área de um milhão de metros quadrados que recebeu o nome de Pinheirinho, onde famílias de trabalhadores sem-teto haviam se instalado oito anos antes. Foi uma operação de guerra, um despejo executado por dois mil soldados que seguiram ordens vindas diretamente da Presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo.

      A desocupação do Pinheirinho, patrocinada por autoridades judiciárias, governantes e forças militares fortemente armadas, atropelou direitos fundamentais assegurados pela Constituição. Resta saber por que os responsáveis por uma estrutura de poder que deveria agir com imparcialidade e isenção se empenharam tanto em varrer do mapa uma comunidade organizada como era a comunidade do Pinheirinho. Resta saber, também, quais disputas políticas, ideológicas e econômicas estavam em jogo.

      Essas são algumas dúvidas que o autor da pesquisa reproduzida neste livro, Mário Montanha Teixeira Filho, busca desfazer. As respostas não são simples, mas os dados que ele reuniu dão pistas sobre o que aconteceu. E o que aconteceu foi uma tragédia que poderia – e deveria – ter sido evitada.

      Talvez esteja no título escolhido para a obra, enfim, a síntese da tragédia que ela retrata: Desocupação do Pinheirinho: a Justiça tem lado.

       

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