“Padre Emílio é um polímata, uma pessoa que sabe muito sobre muitas coisas. Melhor ainda, ele é um polímata criativo, capaz de pegar uma tradição cultural e transpô-la em chave popular, contemporânea. Mas, acima de tudo, ele é um polímata criativo cuja atitude inata para com a realidade é a de um compromisso de amor. Para ele, há uma ligação entre cada fenômeno natural, cada fato histórico, cada aventura humana e o mundo espiritual, o mundo de Deus. Ele e eu tivemos uma conversa alguns anos atrás sobre a possibilidade de se fazer uma Leitura Orante não somente das Escrituras, mas de qualquer coisa dentro da criação. Nesta obra, ele mostra que isso é possível e o faz com maestria. O mais impressionante é que ele foi capaz de fazê-lo com um toque tão leve. Ele nos catequiza, nos “teologiza” e até mesmo nos corrige, quase sem nós sabermos, tanto ele faz com que nos sintamos à vontade na atmosfera caseira que brota de seus textos e canções. 

Por fim, gostaria de apontar três aspectos particularmente atraentes desta obra. O primeiro é a sua capacidade de comunicar algo sério de forma leve e bem-humorada. O segundo é a sua dedicação aos valores éticos. O terceiro é sua habilidade em fazer valores aparentemente contraditórios chegarem a uma síntese mais elevada, harmonizando-os por meio de uma oração sincera e verdadeira. Padre Emílio é uma árvore sólida, robusta, reta, e esta obra é um fruto saboroso que dela brotou”.