Enquanto, os transeuntes sobem e descem a pequena rua da Folha 16, de chão batido, no movimento frenético do cotidiano, Mel vive, através da janela de casa, inúmeras aventuras a partir das vivências de figuras inusitadas, extravagantes e até melancólicas. As cores, os cheiros, os sons e a poeira daquela rua, que hoje não é mais a mesma, teceram narrativas na imaginação da pequena que ela carrega na retina e no coração. A rua da menina é maior que o mundo, assim como o quintal do poeta Manoel de Barros. Localizada na Folha 16, da cidade de Marabá, no interior do Pará, a rua conta histórias e é uma personagem pulsante e poética. Essa rua fez parte da infância da escritora, mas pode ser a sua também, basta abrir a janela, ou esse livro.