Afirmo categoricamente que, no mundo, não há realidade que se compare ou se aproxime da realidade que o Policial Militar enfrenta no Estado do Rio de Janeiro. Contudo, não serei leviano em afirmar que todo agente fardado de fato é um policial, há uma enorme diferença em estar na Polícia Militar e ser um Policial Militar do Rio. Você possuir uma carteira funcional, um porte de arma e uma farda não te proporciona garantias ou habilidades necessárias para desempenhar o serviço ordinário nos mais variados e inimagináveis cenários.

Estatisticamente, uma minoria do efetivo faz o serviço que deve ser feito por todos que ocupam as fileiras da briosa. No entanto, o que se constata é que, via de regra, são sempre os mesmos policiais que estão em suas respectivas folgas no corredor do Fórum de sua cidade aguardando para mais um depoimento. Costumeiramente, são esses que respondem averiguações e IPMs. As ocorrências exitosas e com maior expressividade do Batalhão sempre são os mesmos policiais que apresentam.

O propósito deste livro é proporcionar ao leitor um olhar ampliado e exclusivo, partindo do princípio de que não haverá lado, ideologia ou corporativismo, será demonstrado que “Ser policial é, sobretudo, uma razão de ser, é enfrentar a morte, mostrar-se um forte, no que acontecer”.