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Infrações e Inovações em O Encoberto, de Natália Correia

R$55,00

Tendo por pressuposto que o leitor de teatro lê diversos códigos ao mesmo tempo, espera-se demonstrar como a peça contempla elementos que remetem para fora do texto, assim como elementos específicos do texto teatral, os quais necessitam ser recuperados para que a compreensão do texto como elemento de comunicação se estabeleça enquanto relação dialógica. Para tal, inicia-se a análise com reflexões sobre a prática de leitura, primeiramente de forma abrangente, seguindo por elementos específicos da linguagem teatral, além de pontuar um recorte histórico como pano de fundo para as ações descritas, afinal, o mundo real serve de pano de fundo para o mundo ficcional, na intenção de que a ficção motive o leitor a refletir sobre o que lê, tornando possível intervenções na maneira como esse leitor de ontem ou de hoje age no mundo, de forma a manter as estruturas sociais ou modificá-las. Afinal, o teatro não é apenas fruição, é a própria vida vista por múltiplos ângulos.
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Organizadores
    Autores
      Selo
      Detalhes
      Páginas: 130
      Tamanho: 16x23cm
      Ano de publicação: 2023
      Idioma: Português
      ISBN Físico: 978-65-5399-303-7
      ISBN Digital: 978-65-5399-304-4
      DOI: 10.55371/ 978-65-5399-304-4
      Descrição

      Lançando mão de uma certa ousadia, o intuito desta obra é uma análise teórica — dentre muitas outras possíveis — da peça de teatro O Encoberto, de Natália Correia, obra na qual a autora incorpora diferentes estéticas e diversos elementos da linguagem teatral, de forma a ampliar as características do gênero, subvertendo o conceito de peça bem feita, ao mesmo tempo em que reconstrói as referências tradicionais do mito sebastianista ao transpor a figura histórica de D. Sebastião para a figura de um ator, comediante de teatro. 

      Assim, o que se apresenta é uma proposta de leitura com horizontes mais amplos sobre o objeto estético em questão. O teatro está intrinsecamente ligado à trajetória humana, modelando e remodelando as relações entre os homens de ontem e de hoje, mudando a compreensão e atuação sobre a vida justamente porque avança para além da apreciação, conduzindo cada leitor para fora de sua zona de conforto ao deparar-se com a imensidão de tudo aquilo que o autor deposita nas mãos do leitor/espectador. Assim, a diferença entre a vida real e o teatro está na consciência do ato de representar. Talvez, ademais de tudo, a capacidade de distanciar-se e refletir sobre a existência e as ações de uma personagem seja a intenção de cada autor por trás do seu texto para o seu leitor ideal, independentemente do caminho pelo qual a tríade autor/texto/leitor transite.

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