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A face comoniana em Natália Correia

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Nos períodos mais sombrios da história, quando a repressão política tentou calar muitas vozes, algumas conseguem se destacar, por não se deixarem silenciar, por romperem as mordaças e persistirem no combate à censura. Merecem ainda mais destaque quando encontramos entre essas vozes, vozes femininas. Mesmo quando não há repressão e censura, insistir no direito a ter voz é um enfrentamento diário na rotina das mulheres. Mulheres escritoras portuguesas que desafiaram períodos ditatoriais sobreviveram, e resistindo não deixaram suas obras no esquecimento; fazem parte de um pequeno grupo e dentre elas respalda-se o nome de Natália Correia (1923–1993).   
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Organizadores
    Autores
      Selo
      Detalhes
      Páginas: 194
      Tamanho: 16x23cm
      Ano de publicação: 2021
      Idioma: Português
      ISBN Físico: 978-65-89999-32-4
      ISBN Digital: 978-65-89999-33-1
      DOI: 10.55371/ 978-65-89999-33-1
      Descrição

      Em 1980, o teatro Dona Maria II, em Lisboa, faz uma encomenda à dramaturga açoriana, assim como a outros escritores; o objeto encomendado tratava-se de uma peça teatral trazendo como personagem central a figura de Luís Vaz de Camões. Tais obras seriam encenadas durante as comemorações do Quarto Centenário da Morte de Camões, em 1980.

      A peça de Natália Correia, Erros meus, má fortuna, amor ardente (1981), não foi encenada durante o evento, em 1980; dentre os motivos, o mais evidente aponta para as divergências políticas entre a escritora e os responsáveis pelas atividades e pelo financiamento do evento. A peça publicada no ano seguinte recebe uma edição luxuosa, para compensar o inconveniente. A suntuosidade da obra remete ao luxuoso esplendor dos ambientes palacianos do contexto quinhentista.

      Uma combinação de marcas estruturais, temáticas e de pessoalidade torna possível estudar o teatro de Natália Correia com suas particularidades, apresentando um material valioso para compreender o contexto e o pensamento lusitano do século XX. Na visão da escritora, mulher, feminista e subversiva, reencontrar os mitos, refletir a história, repensar e questionar o que a tradição e a memória registraram no decorrer do tempo é uma incumbência que a escrita tem e deve exercer efetivamente.

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