Certamente a vida de Yana seguiu construindo conhecimentos, fazendo travessias, realizando novos encontros, mas fez da escrita a sua cúmplice, sua maior parceira. A escrita de Yana carrega o desejo de elucidar questões que nem sempre estão claras, mas que justamente nesse ir e vir da construção do texto, algo mais se constrói, e que também se desconstrói, para algo novo surgir, seja no papel seja na vida.

A literatura não pode resolver os problemas do mundo, mas pode abrir frestas para aqueles que abrem um livro novo, uma nova história. Abrindo assim novas possibilidades, novas paisagens, evidenciando novos passos para que possamos encontrar  outros caminhos e outras estradas. Podemos a partir de um livro que se abre transver o mundo.

Yana, portanto, desde a graduação — provavelmente desde sempre — tem buscado abrir caminhos, seja na vida, seja com a psicanálise, seja com sua escrita que embrulha e desembrulha, e nesse movimento contínuo e não linear, ela se arrisca na palavra e por que não dizer se arrisca na vida.