Não é possível que se passe a vida toda tentando decifrá-la ao invés de vivê-la. A explicação que todos nós buscamos é uma vã tentativa de justificar tudo que temos medo de experimentar ou que julgamos baseados nas nossas crenças. 

Quando comecei a escrever, só pensei em como tantas pessoas, assim como eu, já passaram por isso. A princípio, eu me retorci diante da ideia de que algumas delas não tiveram outra oportunidade de reformular sua própria história, mas distanciei esse pensamento porque presenciei, dentro do meu próprio círculo, pessoas que tiveram não só uma, mas inúmeras oportunidades.

Então concluí que a oportunidade é, para alguns, uma afronta a sua forma de ser e viver e, por isso, quando ela chega é ignorada e repelida. Isso demonstra que, por mais que a mudança nos empurre na direção de evoluirmos, a continuidade do progresso fica a encargo do nosso próprio esforço. 

A responsabilidade é individual e isso é a grande frustração da maior parte das pessoas, porque, eu diria, a nossa maior habilidade é transferir a responsabilidade ao outro ou a algo. 

Como você se desafiaria hoje, diante das suas limitações e da sua paralisia, a reformular sua história? Aceitaria a mudança ou se afirmaria perfeito e conformado?