Devoradores de Alma é um desnudar de alma. O relato de uma dor imensa cravada no mais íntimo da vida. Uma dor sem alento, sem remédio. Uma dor que tem por lenitivo, apenas e simplesmente, o desbotar da memória – o tempo que tudo distancia.

– “Não podemos ter prazer, não podemos sentir, não podemos amar, não podemos trocar caricias em público, somos destruídos por dentro e aniquilados por fora.”

Mesmo sendo a história de um homem com 50 anos, essas lembranças são fatos muito atuais. Ainda se matam homossexuais, mulheres, pretos, pobres, indígenas para “limparem” suas mentes fétidas, seus desejos ultrassecretos.

“Vivemos numa sociedade onde se faz um bacanal com a vida humana, como ofe- renda aos deuses dos próprios desejos egocêntricos. Enquanto a nós ficou reservado o Inferno de Dante.”

O estrutural que guia essas mentes rotas continua cerceando as liberdades de ir, vir, viver, estar, ser. Infelizmente!